Parte 3 - O outro mundo.


  Entrando no condomínio também está um outro carro, mas que Geraldo, Angélica, Rafaela, Marcelo, Thiago e nem o pequeno Rafaelzinho no colo da mãe não podiam ver. Era um fusca antigo, do outro mundo, no qual quem dirigia era Adão. Um homem que tinha morrido a mais de quinze anos atrás. A mulher dele, do lado, Thatyane, morreu bem cedo, quando seu filho mais moço tinha dez anos.  Ele agora, com quarenta em cinco anos estava sentado no banco de trás, vendo os pais com caras bem mais moços, o levando para a casa deles, que ficava em um condomínio fechado. Condomínio no qual sua filha mais velha, neta do casal de caras tão novas, trabalhava e morava.
   - Não acha coincidência vocês morarem tão perto da netas de vocês, que vocês nem conheceram direito?
   - Coincidência de verdade. Porque daquela netinha minha eu quero distancia. Ela era muito estranha. – Diz Adão, que conviveu bastante com as netas.
   - Credo Adão. – Reclama a esposa. Isso é jeito de falar da sua neta? – Mas explica para seu filho direito.
   Ricardo via passando na rua muita gente com roupas diferentes andando, a cavalo, de carros de diferentes épocas.
   - Ricardo, é que a família de sua mãe, tem muito dinheiro aqui nesse mundo. E o pai dela comprou o direito de morar numa dessas mansões.
   - O vovô? – Pergunta assustado Ricardo. – Quantas pessoas moram lá?
   Thatyane agora fala:
   - Querido, aqui a população é enorme. Já que ninguém morre duas vezes. Então temos que viver o máximo de pessoas possíveis nas casas.
   - E então vai morar quem com a gente?
   - Você vai conhecer todo mundo.  – Fala rindo o pai.
   Depois de um engarrafamento grande na rua, eles chegam numa mansão grande, aonde um grupo de pessoas estava na frente, com uma faixa enorme atrás pendurada na casa escrito: “Seja bem vindo Ricardo!!!”
     Ricardo sai do carro assustado e reconhece todos os parentes, entre eles está sua avó por parte materna, segurando um bolo de chocolate, que o trás lembranças antigas da infância.
     Todos correm e o abraçam e alguns beijam seu rosto e acariciam seus cabelos.
    - Calma gente. Deixem o Ricardo respirar. – Diz Thatyane com um sorriso, e puxando o filho para dentro da grande casa.
     Ricardo estava com os olhos apavorados.
     Guiado por Aldo e Thatyane, Ricardo chega frente a um quarto. Seus olhos estão assustados com tanta gentes no corredores. Aldo bate na porta e entra, seguidos por seu filho e por sua esposa. Aldo se assusta vendo mais duas pessoas no quarto. Um era um rapaz com cara triste, sentado na cama, com fones no ouvido.
O outro era um homem de uns quarenta anos sentado num colchão no chão. Ele percebe a presença nos novos visitantes, e sorri quando eles entram, diferente do jovem que nem percebe.
- Que bom que chegaram. Estava ancioso. - Diz o homem se levantando da cama e apertando a mão de Ricardo.
Aldo explica com carinho.
- Ricardo esse é o José Maciel. Ele é seu tio avô. Ele também está a espera da chegada da esposa dele. E vai dividir o quarto com você.
Ricardo aponta para o jovem e pergunta:
-E ele?
Dessa vez é Thatyane que responde.
- Esse é o Pedro. Ele é vivo meu filho. E não vê agente. Pedro pensa que está sozinho no quarto.
Ricardo se aproxima de Pedro e passa a mão na frente do rosto dele. O menino nem pisca mexendo no celular.
- Ele não pode ver de jeito nenhum agente?
- Não. - responde os três ao mesmo tempo e rindo muito.
Ricardo se vira assustado.
- Então quer dizer que quando eu era vivo trocava de roupa e namorava com minha mulher na frente de outras pessoas.
Thatyane corre para responder:
- Nós, mortos, temos um código de ética no nosso mundo Ricardo. Colocamos apenas homens para dividir o quarto com homens. E o quarto de casais não fica ninguém dos mortos. Se nos quartos de solteiros principiar algo que não devemos ver agente se retira.
Aldo termina falando:
- É uma lei. E se alguém denunciar para as autoridades o descumprimento dessa lei, pega até 10 anos de cadeia. No nosso mundo as autoridades são muito duras.
- Temos autoridades até aqui? - Pergunta Ricardo assustado. José é que responde.
- Sim. E você ainda vai se surpreender. Não temos presidentes aqui, nem moramos num país. Temos um rei que governa um reino.
- O que? - Pergunta assustado Ricardo.

Parte 2 - Outras histórias acontecendo.



 Anita chora do lado do caixão do corpo de Ricardo, com sua mãe, Flávia do lado. Flávia chorava e falava:
   - Eu não sei o que é que vou fazer. Como vamos viver Anita? Seu pai que sustentava agente. E sua faculdade?
   - Calma mãe. Nos vamos dar um jeito.
  E de repente em meio aos familiares surge Adalto e Aldo que se aproxima com humildade e respeito.
   Adalto se aproxima e beija Anita e fala:
   - Meu amor. O seu Geraldo enviou um dos seus funcionários para dar os pesames a família.
   Anita olha estranhando para o homem. E fala:
   - Cadê a Abigail?
   - Ela vai vir mais tarde dona Anita. A empresa está um pouco bagunçada. Chegou uma esposa do nosso patrão que muitos nem sabiam que existia. Tivemos que modificar a rotina da empresa, e sua irmã como secretária pessoal do seu Geraldo, acabou ficando com o serviço mais dificil. Mas ela virá assim que liberar.
   Flávia chorando se vira para Aldo falando:
   - Seu patrão não tem coração não? O pai morto e a menina tem que ficar lá trabalhando?
   - Calma dona Flávia. – Diz Adalto tentando acalmar a sogra.
   - Não é bem assim dona Flávia. O seu Geraldo liberou ela. Mas… - Diz Aldo sem jeito.
   - Nos entendemos muito bem moço. – Diz Anita nervosa. – Nos conhecemos muito bem a Abigail. Desde que começou a trabalhar nesse emprego…
  - Está melhor assim minha filha. – Diz Flávia se distraindo um pouco. – Estava pior antes de arrumar esse emprego.
  - Como assim antes? – Pergunta Aldo curioso.
  - Ela estava mechendo com algumas coisas estranhas. – Diz Anita abraçando a mãe. Flávia continua.
  - Ela estava com amizades que mechiam com mágia negra. Essas coisas.
  - A Abigail, mechendo com mágia negra? – Pergunta assustado Aldo.
  - Pensamos que esse emprego ia ser uma benção. Mas desde que começou a trabalhar com vocês. – Diz Anita nervosa. – Que não pensa em outra coisa. Nem vem ver mais agente.
  - Quem sabe se você for falar com ela Anita. Ela não larga esse serviço e vem. – Diz Adalto para namorada. – Sua mãe precisa dela. – Completa ele cochichando no ouvido dela.
  - Exatamente. – Diz Anita. – Eu vou. Adalto, você fica, tenta fazer minha mãe almoçar. Eu pego um onibus e vou falar com ela.
  - Que isso? – Diz Aldo constrangido. – Eu levo você.
  Ela olha assustada para ele. E fala:
  - Eu aceito moço. Que onibus uma hora dessas é lotado.
 
  De dentro do carro Marcelo olha para o carro de esposa parando de frente a entrada de um condomínio. Ele suga pelo canudo, as últimas gotas de refrigerante do copo, do lanche que ele comprou na estrada. Seguiu a mulher até Goiânia. E o surpreendeu parando no condominio Jardins Madri.
   Rafaela desce do carro, e desce o filho também. Ela dirigiu mais de quatro horas, mas tinha encontrado o endereço que tinha escrito nos documentos que tinha pego com o investigador. A amante de seu marido morava ali. Ela caminha até o segurança.
   Rafaela tinha os olhos estavam chorosos ao olhar para o segurança. Em uma mão segurava o embrulho com os dados da amante de seu marido, e no outro a mão de seu filho. O segurança, Mário, olha para aquela moça se encaminhando sabendo que viria problemas. Na verdade o dia inteiro tinha tido esse pressentimento. E Mário não costuma se enganar com seus sentimentos.
   Rafaela ao se aproximar respira fundo e fala:
   - Moço, eu preciso falar com Amanda Epifania Maldonato. Ela trabalha e mora nesse condomínio.
   - Olha dona, você é alguma famíliar, ou parente?
   Rafaela abaixa o olhar com tristeza.
    - Não senhor.
    - Ela está lhe esperando? – Pelo olhos baixos da moça, ele mesmo responde. – Acho que não, não é?
    Rafaela levanta o olhar.
    - Moço, é muito importante. Eu preciso falar com ela.
    - O sol está quente moça. Porque não pega seu filho e vão tomar um sorvete.
    Rafaela começa a deixar lágrimas caírem dos olhos.
    - Moço, por favor. Você não entende. 
    Marcelo de seu carro falava ao telefone vendo a esposa.
    - Você não vai acreditar aonde é que deu o endereço da Amanda... A, você sabe?... E quando iria pensar em... desculpe... Tá eu vou tentar acalmar ela.
     Ele desliga o telefone e sai do carro e se aproxima da entrada do condomínio também. Rafaela ao vê-lo de inicio vira a cara envergonhada. O menino rindo fala:
   - Mãe, olha o papai.
   Ela se vira para ele com o rosto já inchado, com raiva.
   - O que está fazendo aqui Marcelo?
   - Estranho, eu ia fazer justamente essa pergunta para você. Mas eu sei. – Diz ele olhando para o embrulho de papel castanho nas mãos da esposa. Rafaela olha assustada para o embrulho e o taca em Marcelo nervosa.
   - Sabe Marcelo? Você sabe? Como pode? – Diz ela indo para cima do marido o batendo no peito com os punhos de força frágil por causa do desespero. O menino assustado vai andando para trás e o segurança o segura com carinho e fala:
   - Ei gente. Calma. O filho de vocês.
   Marcelo segura as mãos de Rafaela e olha firme nos olhos dela:
   - Não é isso que você está pensando Rafaela.
   - Não é? Como não é? Ainda vai negar? Eu te segui até seu detetive particular, sei que você estava atrás dessa vagabunda. Você a ama tanto que não suportou um pé na bunda que ela te deu. Queria vir atrás dela. Fala na minha cara que é mentira Marcelo! – Ela fala nervosa. Mas logo frágil implora. – Fala para mim que eu estou enganada!
   Ele abraça a mulher e ela chora no seu ombro.
   - As coisas não são assim.
   Ela ainda chorando em seu ombro ela fala:
   - Você falava que ia trabalhar e ia se encontrar com ela. Como pode?
   - Querida, você é a única para mim. A Amanda era o meu trabalho.
   - O que? – Diz ela horrorizada para o marido. – Você era gigolô?
   O segurança faz uma careta assustado olhando para a cena e segurando Rafael.
    - Não querida. Eu trabalho a quinze anos com o povo que mora nesse condomínio. No inicio era para Beatriz Abner. Ela me contratou para vigiar essa moça, a Amanda.
   - E você vigiava ela muito bem. Não é seu cafajeste. – Diz Rafaela nervosa e batendo de novo nele.
   Marcelo fecha os olhos envergonhado.
   - As coisas são bem mais sérias do que você acha Rafaela. Essa organização que trabalho, não é uma empresa comum. E tive que fazer coisas que não me orgulho para cumprir minha missão.
   - Missão? – Pergunta Rafaela assustada agora.
  Em meio a emoção Rafaela nem percebe que um carro para do lado deles. É um taxi. E uma mulher muito elegante , abaixa o vidro, e fala para Rafaela do banco de trás.
   - Porque você não entra dentro do carro e continuamos a conversa na minha casa.
   Era Angélica e do seu lado Geraldo, que olhava assustado para ela.
    - O que é isso Angélica? Quem são eles?
    - Tudo vai ser explicado Geraldo. – Diz ela com cara confiante para Geraldo. – Assim que a mocinha entrar no carro, junto do seu marido e seu filho.
    Rafaela fica apreensiva, mas a curiosidade de onde estava se metendo era maior. Rafaela entra dentro do carro apreensiva. E quando Marcelo vai entrar no banco do lado do motorista, ele cumprimenta Angélica de forma especial:
    - Senhora Angélica. Obrigado por vir rápida.
    O taxista olha estranhando para os três novos passageiros. Angélica sorrindo para Mário e fala:
   - Como vai Mário?
   - Bem dona Angélica.
    Ele aperta um botão e as grandes portas do condomínio se abrem. Geraldo estranha mais uma vez.
   - Como que o Mário te conhece? Ele só tem cinco meses que começou a trabalhar aqui.
   - Estou mais presente do que você imagina Geraldo querido. – Diz ela abrindo sorrindo. – Agora vamos, que temos pouco tempo.
    - Pouco tempo para o que? – Pergunta Rafaela assustada.
    - Para impedir minha sogrinha de fazer algo horrível. Toca o taxi moço.

    O taxi entra no condomínio de luxo.

Parte 2 - Caminhando para os sacrificios.

2011

  Numa sala branca, estreita, aonde só tinha um cadeira e uma mesa colegial, uma moça faz uma prova. Era Amanda que se esforçava. Quando Acidalia entra pela única sala do comodo. E fala:
   - O tempo acabou.
   Acidalia se vira nervosa falando:
  - Não moça, só mais um tempinho. Eu preciso muito desse emprego.
  - Me desculpe senhora Amanda, mas é o mesmo tempo para todos. -  Ela pega a folha e sai do pequeno comodo. Amanda vai atrás.
   A sala aonde estavam era um galpão enorme, aonde vários pequenos cubiculos serviam para as provas preparatórias para admissão na empresa Abner’s. Na frente de todos os cubiculos uma mesa aonde Acidalia ficava, e lá um telefone tinha.
   Acidalia olha a prova da ultima concorrente e vê que quase ficou em branco todas as questões e já se vira para falar para Amanda:
   - Você foi a ultima terminar a prova e não respondeu quase nenhuma questão? Eu acho…- De repente o telefone toca e meio a cara de desespero da mulher.
   Acidalia atende o telefone:
   - Oi? Sim?  Ela não acertou nenhum… - Acidalia abaixa a cabeça e fala: - Sim senhora.
  Acidalia tampa  o telefone com as mãos e se vira para Amanda:
  - Bem vinda a nossa empresa. Uma pessoa deseja falar com você.
  Amanda pega o telefone estranhando e coloca no ouvido, a voz firme de Angélicase ouve do outro lado do telefone:
  - Amanda Epifamia Maldonatto.
  - Quem fala?
  - Não importa. Importa que sei que você foi adota. Sei que se juntou com um homem casado. Sei que pegou algo dele. E sei que está querendo trabalhar com Geraldo Abner Balbino para investigar sobre a mãe dele.
 - O que você quer?
 - Quero que divida o que você vai descobrir comigo.

 2015

   Gustavo sempre foi um rapaz muito sério e centrado no seu serviço. Mas infelizmente tantos anos de dedicação não eram nada para Geraldo por causa de um atraso. Sorte a sua que a, até então desconhecida, esposa do seu patrão, o protegeu.  Graças a isso, Gustavo, poderia ter esperança de continuar no seu serviço. Mas ficar sentado no escritório de Adriana, até Angélicae Geraldo voltar de uma reunião pessoal no escritório da empresa, não ia ser legal. Então Adriana, antes de ir verificar os mantimentos na cozinha, deixou que ele ajuda-se a, então usurpadora do seu cargo, Amanda, a limpar o quarto dos patrões.
  Gustavo sobe o elevador da mansão até o terceiro andar, carregando os baldes e panos. Iria começar pelo quarto da grande e falecida matriarca da família. Quando abre a porta do quarto, ele vê Amanda mexendo nas gavetas de um antigo armário de antiguidades, que tinha no quarto da falecida patroa.
   - O que está fazendo?
   Amanda parece apavorada deixando cair pilhas de livros e papeis.
Amanda  olha apavorada para Gustavo. 
- Puta merda!!!
Tinha sido pega no flagra mexendo nas coisas de Beatriz.
- O que você está fazendo? - pergunta Gustavo nervoso. Amanda se levanta deixando vários papeis, pastas e livros antigos cair no chão. Mas ela no meio do medo se lembra de tomar postura e fala nervosa:
- O que "você" está fazendo aqui? Pensei que Adriana tinha te demitido por chegar atrasado.
- Quem vai ser demitida é você por estar fuçando nas coisas da Beatriz.
Gustavo percebe que fez Amanda perceber o tão mau era a situação. 
Ela agora olha apavorada para ele:
- Não Gustavo. Não faz isso comigo. Eu preciso desse emprego.
- Então me esplica oque você quer mexendo das coisas da Beatriz?
Amanda se senta no chão novamente no chão começando a catar a papelada que tinha caido.
 - Está bem eu falo. – Ela olha para ele séria.  – Mas você tem que me jurar que não vai contar para ninguém.
 Gustavo ajuda ela a juntar a papelada, se ajoelhando, com um joelho apenas no chão.
 - Dependendo do que é.
 - Antes de vim trabalhar aqui, acabou caindo nas minhas mãos um docie sobre um projeto que a Beatriz estava trabalhando.
 - Projeto? – Diz ele passando rapidamento os olhos pelas figuras de um dos livros que ele ajudava Amanda a pegar. Era a figura da morte e uma floresta feita de rozeiras.
 - Você não vai acreditar. – Diz Amanda mais para ci do que para Gustavo. – Ela queria abrir um portal para o mundo dos mortos.
  - O que? – Diz ele deixando cair tudo de novo, quando estavam se levantando.
  - Acho que ela queria se encontrar com seu marido, sem precisar ter que morrer. Ela queria unir os dois mundos.  – Diz Amanda em pé, segurando o único livro que conseguiu segurar quando Gustavo deixou cair tudo no chão novamente. Ela mostra a gravura de uma mulher feita de planta.
 - Isso é ridiculo Amanda. A Beatriz era uma mulher séria, jamais iria se envolver com lendas e folclore.
 - Mas ela se envolveu. – Diz Amanda. – Segundo minhas fontes, ela foi até o Peru e pegou uma semente, que é o ingrediente mais importante de um feitiço. Só que o problema é que se esse feitiço der certo, abrirá uma maldição contra o local que esse portal for aberto. – Amanda vira a página do livro mostrando uma floresta de rozeiras cobrindo um vilarejo antigo.
   Gustavo olha estarrecido para Amanda. Ela realmente acredita nisso.
   - Você realmente acredita nisso?
   - Acredito. E temos que achar esse local que foi feito essa magia, para não deixa-la acontecer.
   Gustavo se vira de costas para Amanda, olhando o quarto de Beatriz, como se já estivesse procurando tal local.
   - Mas eu faxino isso aqui a anos Amanda. Tenho certeza que não tem nada de magia nesses lugares, a não ser os livros e artefatos.
   - Será que pode estar na empresa? – Pergunta Amanda com medo.
   - Você precisa contar isso para o seu Geraldo. Ele pode ficar nervos, mas …
   - Ele já sabe e está vindo para cá.
 



  Thiago era motorista a muitos anos. Mas nunca pensou que seu dia ia ser tão movimentado, salvar a vida de uma mulher, e ainda…
   Ele dirigia seu carro pela rodovia, que o movimento almentava, chegando o horário do almoço. Quando recebe um chamado da central.
   - 0050, tem uma chamada no setor Aeroviário.
  - Tá. É aonde? Estou perto.
  - É na empresa Abner’s.
  - Tó indo pra lá.
   Thiago sabia aonde é que era. E se encaminha para lá. Era o shopping de artigos antigos e de luxo. O sonho de sua mulher era comprar qualquer coisa daquele lugar. Só que nem se ele virasse dois meses direto, não conseguiria pagar nem a primeira prestação daquelas peças.
    Logo ele chega na frente da empresa. As portas de vidro da entrada da empresa se abrem para um casal passar. Ele era baixo, barba rala e cabelos começando a ficar calvo. Ela linda, alta, magra, loira, pele bronzeada, e olhos verdes. Eles entram dentro do carro. Era Geraldo e Angelica. 
   Geraldo já entra brigando com sigo mesmo:
   - Quem idéia mais idiota foi essa de mandar o motorista no velório de família de empregado.
   - Foi uma atitude bonita Geraldo. Para de se martirizar. Pela primeira vez eu te vi como nos velhos tempos.
   - Para onde moços? – Diz Thiago acordando os dois, que não estavam num carro com motorista particular.
   - Desculpe, para o Condominio Jardins Madri.
   O carro acelera em meio ao asfalto. Os dois continuam a conversar no banco de trás de seu carro.
   - Você acha mesmo que minha mãe pode ter se envolvido com mágia Angélica.
   - Eu tenho certeza Geraldo. Eu contratei, sem você saber, uma de suas funcionárias para me ajudar a investigar as coisas que sua mãe fez. Só que ela sempre foi muito incompetente. Mas ainda bem que não tinha só ela lá.
   - O que? Você tinha espiões em minha casa.
  - Não eram espiões. Estava apenas querendo saber se sua mãe, chegou mesmo a fazer o feitiço.
   Com certeza essa era a conversa mais estranha que Thiago tinha escultado em toda sua vida em seu taxi.
   - E ela fez?

   - Uma árvore cresceu no seu jardim da noite para o dia. – Diz ela séria. –Acho que isso é realmente um sinal de que alguma coisa está acontecendo.

Parte 1 - Segredos desvendados

Capitulo  3º


Parte 1 -  Segredos desvendados
                
              
    Aldo entra no luxuoso escritório acompanhado do patrão e da tão famosa patroa. Até a poucas horas atrás o único confidente do patrão, sabia muito bem que a esposa dele era uma mulher muito atraente, e que largou o marido para viver uma vida utópica de viagens em volta do mundo. Querendo ou não ela acabava trabalhando também. Em suas viagens acabava achando artefatos para o patrão leiloar em seu imenso shopping.
    Aldo trabalhava com Geraldo a dez anos. Foi seu primeiro emprego. Um alivio sair da casa aonde os pais brigavam muito, os 5 irmãos brigavam muito e Aldo ficava no olho do furacão. Com Aldo tinha paz e calma. Pelo menos desde que a mãe dele tinha morrido. Dona Babette era uma mulher muito dura e controladora. E quando morreu caindo do janela da empresa por comprovado acidente, a paz reinou na mansão de Geraldo.
   Aldo não falava muito com o patrão. Mas o patrão desabafava muito com ele nessas fazes. Sempre duro e correto, era quando estava no seu quarto que Geraldo desabafava com o motorista. Quando Beatriz estava viva era sobre suas frustrações com a mãe que ele reclamava. Quando ela morreu, sobre a solidão. E um dia ele lhe falou sobre a esposa fugida.
    Mas naquele momento Geraldo confiou outra coisa para o fiel funcionário.
    Aldo viu Angélicase sentar na cadeira de chefe, antes do patrão e com um sorriso zombeteiro se espreguiçando.  Geraldo ainda na porta fala para Aldo sem que Angélicaouça:
   - Quero que faça algo para mim Aldo. – Aldo já sabia que era sobre Abigail saber que perdeu o pai a poucos minutos e continuar agindo como se nada tivesse acontecendo. – Converse com Abigail. Quero que convença ela a ir no enterro do pai. 
   - Duvido muito que consiga senhor Geraldo. Sabe como sua secretária é.
   - Se não der resultado, quero que descubra o número da família de Abigail e consiga o endereço do velório. Quero que vá em nome da empresa.
   Aldo engole em seco a responsabilidade. E como sempre deve ser, ele fala:
   - Sim senhor.
     Aldo sai deixando Angélicae Geraldo sozinhos. Geraldo olha para esposa que ainda está na cadeira. E quando ela o olha para ele, ela para de sorrir. Ele estava sério.
    - Pronto Aclima. Agora estamos sozinhos. Pode falar a verdade. Porque voltou?
    Aclima, com seus olhos verdes e firmes fala:
     - Não estava mentindo Geraldo. Eu voltei porque eu te amo. Estava louca para vir, mas não via como. Até que achei a desculpa perfeita.
     - E que desculpa era essa?
    - Estava viajando pelo Peru pesquisando sobre um amuleto muito antigo. E que minhas fontes me contaram que estava dentro de um tuneo subterraneo numa vila antiga. Só que ao chegar lá descobri que alguém muito conhecido nosso, já esteve lá antes de mim.
    - Quem?
    - Sua mãe.

    Aldo sai do escritório do patrão e se encaminha para sua colega de trabalho, Abigail que estava fazendo ligações, numa mesa de costas para a sala de seu Geraldo.
    - Com certeza de tarde ele estará livre. Pode ser as nove? – Diz ela sorrindo e com uma voz muito calma.
    Aldo se assusta, respira fundo e se aproxima da mesa dela. Abigail desliga o telefone e se vira para Aldo.
    - Algum problema Aldo?
    - Abigail, tem certeza que não quer  ir no enterro do seu pai?
    Abigail fecha a cara. Mas logo abre um sorriso novamente.
    - Eu irei Aldo. Só que só depois de terminar de desmarcar as reuniões com os compradores. O senhor Geraldo tinha um dia cheio hoje. E agora ele precisa de todo tempo livre para lidar com esse novo probleminha dele.
    Abigail ia pegar o telefone novamente. Só que Aldo o pega primeiro.
   - Porque você age assim? O que aconteceu? Seu emprego não corre risco nenhum. O Geraldo permitiu que você fosse.
   - Por favor Aldo. – Diz a mulher tentando se controlar. As lagrimas começam a cair com ela esticando a mão para pegar o telefone. – Eu preciso…
   - Está bem. -  Diz ele colocando o telefone no gancho e não na mão de Abigail. – Só que vai no banheiro primeiro. Sua maquiagem borrou.
    Abigail se levanta da cadeira e vai em direção ao banheiro. Assim que ela vira o corredor Aldo se senta na cadeira dela. E procura no sistema o cadastro dos funcionários. E vê o numero de contato de Anita, a irmã de Abigail.
    
    Na mansão de Geraldo, Adriana olhava apavorada para a filha sendo segurada pelas mãos  fortes de Samanta. A menina tentava se desvencilhar, e a cozinheira nervosa falava para a pobre menina:
    - Como entrou aqui dentro menina? Responda!
    Adriana já vai gritar para a cozinheira parar quando Ada olha para mãe com olhar sério.
   - Me desculpe senhoras. – Com essa voz ativa, Samanta larga a menina e a deixa esplicar. – Eu estava passando na porta aqui de trás, quando vi, o jardineiro caindo dentro de um buraco, dentro do oco da árvore. Eu vim pedir socorro.
  - O que? O Horácio? – Pergunta Samanta preocupada.
  - Sim. E pulei o portão e entrei. Eu ia correr para o jardim. Mas resolvi vir chamar alguém de dentro da casa primeiro.
  - Vamos lá ver essa história logo. – Diz Samanta segurando novamente na mão da menina, agora de forma amistosa, e correndo para o jardim.
   Adriana corre atrás, agora com um sorriso no rosto de alivio.
 
   Horácio estava verdadeiramente caindo em um buraco. Mas afofado pelo musgo da planta ele nem se machuca. Horácio abre os olhos e quando se acostuma com a escuridão, percebe que estava em uma caverna subterranea.
   - Meu Deus! Eu não morri! Graças a Deus!
   Horácio se levanta, e olha para o alto. Era uma altura muito grande, de onde estava apenas via um ponto luminoso, dos raios do sol, de onde tinha caido.
   - Que altura. Será que era um poço antigo?
   Mas de repente Horácio ouve um sussurro. Ele se vira assustado.
   - Tem alguém ai?
   Ele caminha diante dos sussurros, que ficavam cada vez mais alto enquanto ele caminhava pelas profundesas da caverna. O teto era alto, e o musgo e plantas rasteiras cobriam grande parte da caverna.
   E ele se apavora ao ver em meio a as plantas, subindo para o teto como a raiz da árvore antiga que estava lá em cima, uma mulher.
   - Moça? Você está bem?
   Ele tenta tirar o mato em volta dela. Mas quando ele tenta puxar um ramo de folha ela grita:
  - Ai…
  A moça abre os olhos. E ai que Horácio percebe que ela não era uma mulher comum. Seus olhos era de um amarelo vivo, e quase luminoso, não se via os globos oculares. E ele percebe que a pele dela era verde, como um caule de uma planta nascendo, só que espinhos grandes, como de roseiras saiam de sua pele, seu cabelo parecia cipós, e sua respiração era ofegante e triste.
   - Moça… - Diz o jardineiro tremendo de medo.
   - Me ajude.
   - Quem é você? Como ficou assim? Como veio parar aqui?
   - Vocês precisam se salvar! Todos vocês!
   Horácio tenta tirar o mato em volta dos pés da mulher, e vê que seus pés estavam enterrados na terra como caules.
   - Quem é você?
   - Não importa.
   - Quem fez isso como você?
   Quando ele pergunta isso a mulher olha, com seus olhos amarelos para Horácio e fala quase num sussurro.
   - Babette… Babette Balbina Balraj Abner.
  
   Longe dali. Em Minas Gerais, Uberaba, Marcelo chega em casa nervoso batendo a porta. Se senta no sofá tentando respirar profundamente para se acalmar. E se lembra primeiramente de quando sai do prédio do investigador que contratou. E mesmo com muita raiva enchergou na esquina o carro de ninguém menos que sua esposa. Naquele momento ele sacou tudo. Sua mulher tinha descoberto tudo. Será que tudo mesmo?
   De repente ela chega em casa, e se assusta com o marido ali na sala. Seu filho aparece atrás da perna da mãe.
   - Marcelo? – Fala a mulher assustada.
   - Pai! Você não foi trabalhar hoje? – Fala o menino e correndo e pulando nos braços do pai.
   - Não meu filho. Papai esquece as chaves do escritório e voltou para buscar.
   Rafaelarecuperada do susto olha com o olhar magoado para o marido. Mas disfarça apertando mais a alça da bolsa.
   - E você Rafael, não vai para a escola hoje?
   Rafaelaresponde pelo filho:
   - Sim. Mas é que esqueci a mochila dele, acredita?
   Ela vai buscar a mochila no quarto e deixa a bolsa na mesinha da cozinha conjugada com a sala. Marcelo por um segundo vê o embrulho pardo saltando para fora da bolsa. Embrulho comum quando Adamastor lhe entregava alguma coisa.
   Ela volta do quarto e pega bolsa novamente e fala para o filho:
   - Vamos Rafael? A professora vai brigar com agente por causa do atraso.
  Ela se vira para o marido e o beija como nunca beijou antes. E sai olhando para ele. Dentro do carro ela pega o celular e liga:
   - Senhora Fernanda. Rafael ficou doente, não poderá ir hoje na aula.
  Ela sai com o carro desligando o telefone celular. O filho no banco de trás pergunta:
  - Mamãe, a senhora mentiu?
  - Menti, meu filho. Mas é para pegar um outro mentiroso.
  Ela sai com o carro. E logo atrás Marcelo liga o carro e sai atrás da mulher. Ele também pega o telefone disca alguns numeros e fala:
   - Acho que descobri aonde minha ex-amante está.
   Uma voz bem conhecida do outro lado da linha fala:
  - Já era sem tempo. – Era a voz de Abigail em sua mesa de recepcão, no escritório de Geraldo. – Desde que você perdeu aquele pacote os planos de Beatriz poderiam ir por água a baixo. E aonde ela está?
   - Minha esposa vai me levar até ela.
  
  - Minha mãe ficou muito estranha depois que papai morreu. E começou a ficar mais ficcionada no trabalho de uma forma que antes não era. – Diz Geraldo em seu escritório para a mulher. – Ela começou a fazer pesquisas e ir atrás de artefatos. Mas nunca me envolvi com isso. Gostava mais da parte financeira. As vendas e os leilões. Ela buscava as pesquisas históricas sobre cada artefatos e até ia atrás.
 Angélicatira uma foto de sua bolsa e coloca na mesa. Era um colar feito de rocha, com um tipo de pedra verde em forma de uma semente de feijão.
  - O colar da semente verde. Era chamado o colar da vida. Muitos acreditavam que quem o usasse teria vida eterna. Só que o nome dele não era por causa disso. Alguns inkas antigos diziam que a lenda se desvencilhou da verdade depois de muitas gerações. O poder na verdade estava na semente.
  - O que tem a semente.
   - Era o ingrediente para um feitiço, para criar um portal entre a vida e a morte.
   - E você acha que minha minha mãe queria realizar esse feitiço para ir atrás do meu pai?
   - Eu acho que sua mãe acreditava nisso.
   - E você veio atrás desse artefato porque? Já podemos até ter leiloado ele.
   - Não vim atrás desse artefato Geraldo. Eu realmente acredito que sua mãe pegou esse colar para fazer o feitiço para abrir esse portal.
   - O que? Mas minha mãe morreu.
   - Eu sei. Mas ela pode ter feito a cinco anos atrás, mas a resposta dele pode estar vindo agora.
   - Como assim?
   - Uma semente demora crescer Geraldo.
  - Isso é loucura Aclima!
   - Vi coisas muito loucas quando estava no Peru Geraldo.
   - Mas se isso for possivel. Uma supossição. Minha mãe voltava dos mortos com meus pais, e todo mundo ficava feliz.
   - Não é só isso. Para abrir esse portal deve ter sacrificios. Um deles é a vida de duas pessoas em especial, e o outro que além de abrir o portal, o feitiço abre uma maldição contra o local que foi aberto esse portal.
  - Uma maldição? Que maldição?
   - A planta da morte.
   - Ok, mas o que você quer fazer? Como podemos evitar tudo isso.
   - Primeira coisa indo ao quarto da sua mãe e tentando achar esse objeto.
   - Então vamos até lá.
   - Já tem uma pessoa de minha confiança lá.
   - Quem?


Parte 10 - Amanda – Goiânia - Goiás

Parte 10 -  Amanda – Goiânia - Goiás
                14 de março de 2015 – 09:30


 Amanda ajoelhada no chão esfrega os degrais da enorme mansão de Geraldo com uma escova. Ela para um pouco e pensa no que teve que reviver para desabafar com o patrão. Ela pensa em como foi a sua ultima noite com o Marcelo.
                 
               Amanda e Marcelo – Minas Gerais - Uberaba
               23 de março de 2011 – 09:30

   Amanda olha para o homem dormindo ao seu lado. Seu rosto parecia tranquilo, o mesmo de horas atrás, mas Amanda o enxergava de outra forma. Não era mais o principe encantado que sempre imaginou. Sua casinha que com tanto carinho tinha decorado, não parecia ser seu lar. Perguntas exalavam de sua cabeça enquanto sentada naquela cama, olhando para homem que a tinha facinado durante dois longos anos.
  Ela percebeu que se cobria perto dele, mesmo ele estando dormindo. Isso a faz deixar lagrimas cairem. Até o amor que tinham feito, não parecia ser o mesmo. Ela se sentia suja, como se tivesse feito com um estranho que tinha encontrado na rua.
   Amanda se levanta cobrindo-se vai até o banheiro e toma um banho gelado. Veste a roupa, uma calça jeans, um blusa larga demais. Coloca poucas roupas em uma mochila, pega seu livro que está lendo, e taca na mochila também. Vai até as calças jogadas no chão de Marcelo e dentro pega a carteira dele. E ao abri-la ela se assusta com a quantidade de dinheiro. Ela pega tudo. Coloca no bolso traseiro da calça.
   Amanda se encaminha para a sala sem nem olhar para o homem que tanto a fez sofrer. Mas ela para ao ver a cazinha dela. Ela olha os moveis, lembra da dificuldade que era. Ou que ela imaginava que era para o Marcelo pagar todas as contas sozinho, e ele falando para ela que não precisava trabalhar. E uma pergunta vem a mente de Amanda. Como ele conseguia tanto dinheiro? Ele falava para ela que trabalhava a noite, e para a outra, falava que trabalhava de dia. Ele não trabalhava.
   - Não é mais meu problema. – Diz ela auto para si mesma. Ela vai para sair. Mas volta antes de fechar a porta. E volta, porque enquanto estava indo embora de raspão vê algo que não tinha percebido, em meio aos beijos de Marcelo, que ele lhe dava quando chegou.
    Ele tinha jogado uma mala no sofá. O que Amanda pensava todo o dia que era algo sobre o serviço dele. Só que ele não trabalhava. O que teria ali?
    Cemira vai até a mala de Marcelo e abre a mala e vê uma pasta. Ela abre e lê com os olhos apavorada.
    - Puta que pariu. 
    Ela fecha a pasta coloca dentro da bolsa. E fala:
    - Agora eu sei para onde eu vou.

Parte 10 -  Amanda – Goiânia – Goiás – Mansão de Geraldo
                14 de março de 2015 – 09:35

     Amanda abre os olhos depois das lembranças. E olhando para a pasta novamente em suas mãos fala:
     - Finalmente consegui entrar em contato com o patrão. Estando do quarto dele vai ser bem mais fácil descobrir sobre esse plano envolvendo meu ex-amante e a mãe do meu patrão.
     Ela não estava mais na escada. Mas estava num quarto, e de frente a um imenso quadro, aonde uma mulher intimidadora olhava para o seu admirador, com os braços cruzados e um sorriso triunfal.

     - Babette Balbina Balraj Abner. – Fala o nome de Amanda lendo na pasta.